quinta-feira, 5 de maio de 2011

Salário de doméstica não acompanha reajuste do mínimo


Salário de doméstica não acompanha reajuste do mínimo



A remuneração média das trabalhadoras domésticas no Brasil foi de R$ 386,45 em 2009, valor que corresponde a 83% do salário mínimo praticado no país naquele ano – de R$ 465. A diferença, no entanto, é histórica. Desde 2002, a remuneração das trabalhadoras não acompanha os reajustes do piso nacional, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (5) pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada).

A diferença salarial é acentuada conforme a região, a situação do trabalhador (se é formalizado ou não) e a raça (branca ou negra). No Nordeste, em 2009, a renda média era de R$ 254,46, a menor do país, enquanto na região Sudeste, era de R$ 451,06, ou 16,7% superior à média nacional.

Mesmo representando 62% do total de trabalhadoras domésticas no país, as negras recebiam uma remuneração média de R$ 364,84, ao passo que as domésticas brancas recebiam R$ 421,58.

Segundo o Ipea, os baixos rendimentos das trabalhadoras domésticas se devem aos altíssimos níveis de informalidade. No caso das formais, a renda não somente alcança o patamar do salário mínimo, mas o supera em considerável medida. Em 2009, as trabalhadoras formalizadas apresentavam renda média de R$ 568, isto é, mais de R$ 100 acima do salário mínimo nacional.

As trabalhadoras domésticas que trabalham em mais de uma residência, as “diaristas”, recebiam uma renda média de R$ 421,65 em 2009 – superior aos R$ 371,89 das que afirmaram trabalhar em apenas uma casa. Ou seja, a renda média das diaristas superou a das mensalistas em apenas R$50, em média.




    Até quando vamos permitir que essas trabalhadoras tão valorosas, e que estão dentro dos nossos lares, sejam discriminadas, sem que haja providências da parte tanto do governo como da sociedade

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