domingo, 2 de fevereiro de 2014

Edward Mordake e sua "face gêmea maligna".

Edward Mordake e sua "face gêmea maligna".

Edward Mordake foi o suposto herdeiro de um pariato da Inglaterra do século XIX que possuía um rosto adicional na nuca, incapaz de comer ou falar, mas capaz de rir e chorar. Seu caso inusitado ocorreu no início da história médica e é referenciado apenas em relatos de médicos.

Na verdade, a história de sua vida tornou-se tão confusa com o passar dos anos que não há uma data sólida de seu nascimento ou morte, nem fontes concretas para os pesquisadores modernos. Edward teria implorado aos médicos que removessem sua "cabeça demoníaca" pois ela supostamente sussurrava a ele coisas horríveisdurante a noite, mas nenhum médico foi favorável a fazê-lo.

Essa face, por sua vez, ocupava uma parte menor do crânio e exibia certos sinais de inteligência, contudo, dizia-se que ela apresentava intenções bastante malignas. O próprio Mordrake relatava que havia situações em que ele estava triste e sua face de trás ficava rindo como se estivesse zombando de seus sentimentos. Foi dito também que seus olhos acompanhavam o movimento das pessoas ao redor e seus lábios constantemente faziam barulhos assustadores.
Embora nenhuma voz fosse compreensível, Edward jurou que muitas vezes ele era mantido acordado durante a noite por conta dos sussurros de ódio de sua face gêmea maligna (como passou a chamá-la) e dos murmúrios macabros.


Mordake acabou por cometer suicídio aos 23 anos depois que seus médicos desistiram de fazer a remoção cirúrgica de sua segunda face. Edward Mordrake era considerado um talentoso e brilhante músico. A história completa desse sujeito foi perdida no decorrer do tempo, pois seu caso ocorreu no início da história médica. O inglês sofria de uma anomalia conhecida como Craniopagus Parasiticus.¹

O caso é relatado no livro Anomalies and Curiosities of Medicine de George Milbry Gould um médico e lexicógrafo americano.

Fontes:
1. Anomalies and Curiosities of Medicine, págs. 188-189. George M. Gould, Walter L. Pyle. Kessinger Publishing. ISBN (2003)

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